segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Nossas Mãos Podem Salvar o Planeta



O PROJETO "NOSSAS MÃOS PODEM SALVAR O PLANETA" QUE VEM SENDO REALIZADO A DOIS ANOS NA ESCOLA ESTADUAL LUIZA NUNES BEZERRA, JUARA-MT, E COORDENADO PELA PROFESSORA ELENI JUNG DAMACENO.
O PROJETO CONSISTE EM VARIAS AÇÕES COMO LEITURA DE TEXTOS E OBRAS, PESQUISAS E ESTUDOS SOBRE VARIAS TEMÁTICAS E TEM COMO CULMINÂNCIA A CONFECÇÃO DE QUADROS, QUE SÃO VERDADEIRAS OBRAS DE ARTE, COM MATERIAIS QUE IRIAM PARA O LIXO.
O PROJETO TEM COMO OBJETIVO: Fornecer subsídios que sensibilizem todos os membros da comunidade escolar em especial, os que circulam diariamente nela, para que repensem suas atitudes relacionadas aos seus hábitos de consumos e que busquem através do esforço individual e coletivamente mudar seu comportamento tendo como referencial o desenvolvimento sustentável. Ou seja, educar-se para uma vida sustentável.
ESSE TRABALHO ESTA SE DESENVOLVENDO DE FORMA INTERDISCIPLINAR, E JÁ CONTA COM A PARTICIPAÇÃO DE OUTROS PROFESSORES DA ESCOLA E DE FORA DELA.
COM ESSE PROJETO A PROFESSORA ELENI JÁ DESCOBRIU TALENTOS INCRÍVEIS QUE ESTAVAM ADORMECIDOS, DESPERTOU O GOSTO DOS ALUNOS PELO ESTUDO, PROPORCIONOU  UMA VISÃO CRITICA EM RELAÇÃO AO CONSUMO, DESPERDÍCIO E A PRODUÇÃO DE LIXO, TRABALHOU A CONCENTRAÇÃO, COORDENAÇÃO MOTORA, SEM CONTAR QUE A CONFECÇÃO DOS QUADROS CHEGAM A SER UMA TERAPIA PARA AQUELAS CRIANÇAS, POIS NOTAMOS EM SUAS EXPRESSÕES A COMPENETRAÇÃO DURANTE O TRABALHO E A FASCINAÇÃO A CADA OBRA CONCLUÍDA.
SEGUE EM ANEXO O PROJETO NA INTEGRA PARA QUEM QUISER APRECIAR ESSE MARAVILHOSO TRABALHO,  POIS, TRABALHO COMO ESSE REALMENTE SURTE EFEITO NA SOCIEDADE E A CRIANÇA SE PERCEBE COMO SUJEITO MODIFICADOR E RESPONSÁVEL PELO MEIO ONDE VIVE.




Justificativa

            Sou educadora há alguns janeiros e sempre gostei de desafios, pois são eles que dão sentido à nossa existência. E trabalhar com a educação ambiental nos dias de hoje constitui-se num grande desafio. No entanto, são os desafios que nos instigam a criar/recriar, a inventar/reinventar em busca de uma aprendizagem mais significativa que contribua para a formação humana. Por isso, em minha prática educativa a inovação sempre foi muito marcante. Através dela busquei diversificar a metodologia principalmente quando diagnosticava que determinados conhecimentos não tinham atingido de maneira satisfatória os objetivos almejados. A meta sempre foi propiciar aos educandos uma aprendizagem mais significativa nas diversas áreas do conhecimento. E como não poderia ser diferente, a educação ambiental sempre teve sua importante contribuição nessas ações pedagógicas. Porém, ela recebeu um enfoque maior na minha prática educativa após ter participado de uma conferência em Cuiabá-MT/dez/2009. Avaliando os resultados das atividades já realizadas em torno da educação ambiental juntamente com a equipe escolar constatou-se que precisávamos enquanto escola, primeiro fazer a lição de casa para depois desenvolver novamente um trabalho de maior abrangência, pois tinha sido diagnosticado um desperdício considerável em algumas ações cotidianas dos membros da escola, em especial, dos alunos em relação ao consumo de água, de papel, de merenda escolar e de energia. Diante dessas constatações, exigiu-se uma reflexão sobre os nossos hábitos e quais caminhos trilhar para que essas atitudes fossem modificadas em prol da sustentabilidade, ou seja, que houvesse um consumo consciente que harmonizasse a ecologia humana e a ambiental causando o menor impacto possível ao meio que nos circunda. Partindo desses pressupostos fiquei imaginando como iria colocar em prática algumas ideias que possuía e também algumas sugestões dos colegas de trabalho uma vez que ficara com a incumbência de coordenar e também de executar com minha turma (4º ano “D”/2010 e atual 5º ano “D”) o projeto da educação ambiental da escola. Como iria abordar assuntos pertinentes a costumes arraigados pelo tempo sem ser rotulada como uma educadora exagerada nas questões ambientais? A intenção era cativar a comunidade escolar, em especial, os alunos a favor da causa e não radicalizar. Também havia outra preocupação: de que forma iria trabalhar a questão ambiental no espaço escolar sem produzir mais lixo após a finalização das atividades? Pois o objetivo principal era contribuir para a formação de atitudes sustentáveis servindo de referência, de exemplo para a comunidade escolar. Educamos, também, através do exemplo. E foi assim que tive a ideia de articular educação ambiental e Arte através de confecção de quadros que depois de concluídos ficariam fixados nos corredores da escola com a finalidade de promover reflexões e contribuir para a mudança de hábitos. A técnica a ser utilizada nos quadros seria a do mosaico. E qual matéria-prima seria usada? O “lixo”. E quais seriam os assuntos abordados? Aqueles relacionadas a questão ambiental contemplando as diversas áreas do conhecimento e, em especial, o consumo consciente de água, de papel, de merenda escolar e de energia uma vez que fora diagnosticado o consumo desordenado dos mesmos no espaço escolar. Como seria a organização dos quadros? Eles teriam, além do texto não-verbal, o texto verbal com a finalidade de reforçar ainda mais o assunto abordado. Assim, haveria uma maior articulação entre a obra e o recado ambiental favorecendo uma leitura mais ampla do trabalho. E quem faria os desenhos neles? Os estudantes da escola com habilidade para criar ou reproduzir desenhos.
            Depois das metas traçadas e os estudos iniciados, a teoria da reciclagem foi colocada em prática e passou a ser vivenciada no espaço escolar semanalmente tanto no recolhimento da matéria-prima (frascos de xampus, amaciantes, água sanitária, detergentes, tampinhas, garrafas pets, CDs, embalagens...) como na confecção dos quadros. E assim foi possível perceber que aquilo que iria para o lixo ganhou um novo olhar, uma nova função: transformou-se em uma linda obra de arte. É como nos contos de fadas onde o sapo transforma-se em príncipe!
            E assim, aos poucos, as propostas foram sendo realizadas pela minha turma e pelas turmas de algumas educadoras que uniram-se a causa. E a cada quadro concluído era perceptível a satisfação e o encantamento dos estudantes envolvidos. Além disso, era gratificante observar os apreciadores da obra tecendo seus valiosos comentários relacionados a beleza do trabalho, a criatividade, ao recado ecológico que os quadros transmitiam e a persistência em desenvolver uma atividade dessa natureza.
            Aos poucos, o olhar sobre várias questões ambientais começaram a mudar no espaço escolar. E atitudes passaram a ser notadas, por exemplo, a ação de fechar uma torneira ao vê-la gotejando. Parece pouco! Mas tratando-se de mudança de hábito já é um bom começo! E dessa forma o aprendizado começa a promover mudanças nas ações do dia-a-dia. Eis o motivo desse projeto.
Objetivos
           
Objetivo Geral

            Fornecer subsídios que sensibilizem todos os membros da comunidade escolar em especial, os que circulam diariamente nela, para que repensem suas atitudes relacionadas aos seus hábitos de consumos e que busquem através do esforço individual e coletivamente mudar seu comportamento tendo como referencial o desenvolvimento sustentável. Ou seja, educar-se para uma vida sustentável.

Objetivos Específicos

  • Conhecer os problemas gerados pelo excesso de lixo;
  • Compreender as vantagens da reciclagem;
  • Conhecer a técnica do mosaico e seu emprego desde os tempos mais remotos;
  • Compreender que a água é um recurso finito;
  • Conhecer o processo de produção dos alimentos e o círculo de desperdício, que inicia-se no campo e termina na mesa do consumidor;
  • Compreender o processo de fabricação do papel, fonte de grande consumo no espaço escolar e o impacto causado ao meio ambiente com a utilização das matérias-primas no decorrer do seu processo de fabricação;
  • Conhecer os vários tipos de energia limpa;
  • Conhecer atitudes sustentáveis relacionadas ao consumo de água, de papel, de merenda escolar e de energia;
  • Estimular a criatividade, a transposição da teoria para a prática e;
  • Contribuir para mudança de hábitos.

Conteúdos curriculares

·      A produção do lixo;
·      A reciclagem;
·      A técnica do mosaico;
·      Água: um recurso natural esgotável:
o   O desperdício
o   Dicas de atitudes sustentáveis
  • A produção de alimentos no Brasil:
o               O desperdício
o   Dicas de atitudes sustentáveis
  • Energia limpa e tipos de energia utilizados em nosso país:
o              O desperdício
o   Dicas de atitudes sustentáveis
  • A matéria-prima do papel
o   O desperdício
o   Dicas de atitudes sustentáveis
Estes conteúdos curriculares são fundamentais para o aprimoramento dos conhecimentos dos educandos favorecendo assim, uma reflexão maior sobre suas atitudes de consumidor estimulando-os a mudarem seus hábitos para que percebam que é possível conciliar as necessidades do homem com o uso sustentável dos recursos naturais que o planeta Terra nos disponibiliza. Além disso, eles são essenciais para que a confecção dos quadros esteja contextualizada, fundamentada em conteúdos pertinentes ao currículo escolar.

Metodologia

            Sustentabilidade é um conceito que só ganha força/sentido quando há interesse por parte do ser humano em transformar seus HÁBITOS COSTUMEIROS,       arraigados pelo
tempo numa POSTURA ECOLÓGICA. Para isso é necessário transpor seus saberes para a prática onde a CONSTRUÇÃO do CONHECIMENTO caminha lado a lado com AÇÕES SUSTENTÁVEIS possíveis de serem desenvolvidas no individual e coletivamente.
            Sendo assim, a reciclagem e a cultura do desperdício necessitam de um olhar mais atento por parte de todos. Elas precisam ser trabalhadas com maior intensidade dentro e fora do espaço escolar, pois desenvolver hábitos sustentáveis é fundamental para haver o equilíbrio entre o uso consciente dos recursos naturais e o que o planeta Terra nos disponibiliza para que as nossas ações não comprometam a nossa própria sobrevivência e dos demais seres.
            Pensando nisso e observando as atitudes insustentáveis ocorridas no ambiente escolar é que propus este trabalho visando ampliar e intensificar as estratégias de modo a fornecer condições que promovam a reformulação de conceitos e mudanças de atitudes contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável.
            Dentre as inúmeras possibilidades de trabalho, realizei as seguintes ao longo do desenvolvimento do projeto:
            O primeiro passo foi a estratégia de observação por parte dos alunos, no período de uma semana, sobre o comportamento dos membros da comunidade escolar, em especial, dos alunos em relação ao consumo de água, de papel, de merenda escolar, de energia. Feito isso, os estudantes socializaram suas observações onde foram elencadas várias atitudes nada ecológicas relacionadas ao consumo desses recursos.
            O segundo passo foi fazer o estudo de causa: por que estas atitudes de desperdício estão tão presentes no hábito de muitos brasileiros? Para isso, utilizou-se vários recursos pedagógicos: entrevistas, revistas, livros, sites, documentários. Tendo realizado essa etapa elaborou-se estratégias que contribuíssem para a reflexão de atitudes: cartazes, confecção de bonecos com garrafas de água mineral, confecção de uma árvore com os papéis que foram coletadas nas lixeiras da escola, elaboração de uma tabela com o resultado do desperdício da merenda escolar contrastando com imagens de pratos vazios.
            Depois dessa etapa, passou-se para o aprimoramento dos conhecimentos com a turma sobre a produção do lixo e os problemas gerados por ele, a reciclagem e suas vantagens. Várias estratégias pedagógicas foram utilizadas para trabalhar esses conteúdos: leitura, apresentação de histórias com fantoches, pesquisas em sites, livros e revistas, entrevistas, produção escrita, coleta de dados, cálculos matemáticos, tabelas, gráficos, cartazes e trabalhos artesanais (reciclagem). Paralelamente estudou-se sobre a técnica do mosaico pesquisando na sala de informática obras que empregassem o mosaico. Pois ele seria utilizado na confecção dos quadros permitindo assim a transposição da teoria da reciclagem para a prática, de uma maneira muito criativa: “lixo” transformado em arte com um grande enfoque ecológico.
            A partir desse momento iniciou-se a campanha para recolher a matéria-prima que seria utilizada na confecção dos quadros (frascos de xampus, água sanitária, amaciantes, garrafas pets, tampinhas, CDs velhos, embalagens entre outros). Nessa fase o comentário de uma aluna me chamou atenção “Professora, minha mãe disse que fica imaginando o que a senhora vai fazer com tanto lixo”.
            Posteriormente a essa etapa deu-se início a confecção dos primeiros quadros com os temas relacionados ao lixo, a reciclagem.
            Dando prosseguimento ao projeto passou-se para o aprofundamento dos conhecimentos sobre a água – um recurso natural esgotável, o desperdício e dicas de atitudes sustentáveis. Para isso, foram usufruídos de vários recursos pedagógicos que propiciassem um maior aprendizado e, consequentemente contribuíssem para a mudança de atitude (leitura, pesquisas em sites, revistas, livros, produção escrita, confecção de livros e cartazes com dicas de atitudes sustentáveis, exposição dos materiais produzidos à comunidade escolar, confecção dos quadros com os temas relacionados a água).
            Depois disso, deu-se início ao estudo sobre o processo de produção dos alimentos e o círculo de desperdício que inicia-se no campo e termina na mesa do consumidor. Utilizou-se dos dados coletados anteriormente sobre o desperdício de merenda escolar para trabalhar cálculos matemáticos. Posterior a isso, a diretora fez uma palestra sobre os recursos recebidos da merenda escolar e o prejuízo financeiro e social causado pelo desperdício. Falou também sobre o cardápio e ouviu sugestões. Em seguida foram realizados estudos sobre os impostos e a finalidade dos mesmos. Após esse estudo os alunos chegaram a conclusão que é o dinheiro dos trabalhadores, dos cidadãos que está sendo jogado fora com o desperdício da merenda escolar. Além disso, eles pesquisaram na sala de informática sobre a fome no Brasil e no mundo. Muitos ficaram chocados com o que viram. A intenção era confrontar realidades: enquanto uns desperdiçam, outros passam fome. Tendo construído esses conhecimentos foram feitos livros com chamamentos para evitar o desperdício da merenda escolar e disponibilizados à comunidade escolar. Também foi confeccionado o quadro sobre o desperdício de merenda escolar onde foram utilizadas sementes com prazo de validade vencido compondo a imagem da miscigenação do nosso povo e o prato brasileiríssimo: feijão com arroz. Esse quadro ficou muito interessante, além do apelo que possui para evitar o desperdício da merenda escolar ele apresenta uma leitura sobre a miscigenação do povo brasileiro e a política agrícola do nosso país a qual é voltada para a exportação. Por isso, no quadro, a família tem como chão, grãos de soja.
            As mesmas estratégias pedagógicas foram utilizadas para trabalhar a produção do papel e os tipos de energia limpa. Todas sendo precursoras para a realização dos trabalhos com os quadros. Os estudantes além de estarem colocando em prática uma das possibilidades de RECICLAGEM também estavam contribuindo para a mudança de hábitos de toda uma comunidade escolar como a sua própria. Pois pequenos gestos somados a tantos outros podem produzir grandes resultados, grandes mudanças.
            Outra estratégia utilizada para divulgar os trabalhos além da mídia, foi a noite ecológica, na qual os estudantes apresentaram fantoches, músicas, teatro e para fechamento dos trabalhos houve a exposição dos quadros para a apreciação da comunidade escolar. Esse momento foi muito gratificante ao ver os pais maravilhados com o resultado do trabalho. E aquela mãe que ficava imaginando o que a professora iria fazer com tanto lixo estava lá encantada com o que via “Professora, jamais imaginava que iria ficar lindo assim”.
            É importante enfatizar que ao longo do desenvolvimento desse projeto determinados conteúdos ganharam maior ou menor ênfase de acordo com as necessidades constatadas no processo ensino-aprendizagem e que todo material produzido encontra-se na sala de leitura da escola a disposição de todos os alunos que a frequentam (1º ano ao 9º ano do Ensino Fundamental). E que a maior parte do tempo utilizado na confecção dos quadros foi em horário oposto as aulas, nas minhas horas/atividades.

Avaliação

A avaliação teve caráter diagnóstico e contínuo. Como a intenção era desenvolver conceitos que promovessem mudanças de atitudes que contribuíssem para o desenvolvimento sustentável, as estratégias foram redimensionadas sempre que foi detectado algo que interferisse negativamente no processo avaliativo desse projeto.
A mudança de comportamento e o comprometimento da comunidade escolar, em especial, das turmas envolvidas diretamente no projeto com a redução do desperdício de papel, de água, de merenda escolar e de energia foram critérios imprescindíveis no processo de avaliação do presente projeto.
Tendo como referência esses critérios avaliativos foram realizadas ao longo do desenvolvimento do projeto com os membros da comunidade escolar em especial, com os do serviço de apoio (zeladoras e merendeiras) várias observações e levantamentos para constatar as possíveis mudanças de atitudes. Assim foi possível verificar em quais conceitos sustentáveis, teríamos que investir mais. A partir disso, várias estratégias foram redimensionadas e bons resultados começaram aparecer. “Professora, trouxe esse frasco de xampu para você usar no projeto”. “Professora, alguém deixou a torneira gotejando e eu a fechei”. “Professora, jogaram lixo no pátio, nós o pegamos e jogamos na lixeira”. “Professora, estou tomando banhos mais rápidos para não desperdiçar água”. E por aí afora vão-se os relatos. No entanto, essas são apenas pequenas mudanças que precisam ser estimuladas constantemente. Pois mudar atitudes arraigadas leva um certo tempo. Por isso é necessário continuar desenvolvendo esse projeto. Além disso, esses conteúdos fazem parte do processo educativo e é preciso colocá-los em prática (CONHECER e AGIR). Afinal de contas esse é um dos papéis da escola!

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